EUA inicia triagem por redes sociais para alunos internacionais em Harvard

A medida foca em encontrar possíveis opiniões anti-semitas e apoiadores de grupos terroristas. A análise pode atrasar visto, causando impactos na educação e na emissão dos documentos.

Você já se perguntou como a análise de redes sociais influencia o processo do visto estudantil nos Estados Unidos? A nova política que começa pela Harvard pode mudar o cenário para estudantes internacionais, com impactos diretos no acesso ao país.

Nova política de triagem para estudantes internacionais em Harvard

A nova política de triagem nos Estados Unidos exige que os funcionários consulares verifiquem toda a presença online dos estudantes internacionais que desejam estudar em Harvard. Isso inclui não só os futuros alunos, mas também aqueles que precisam renovar seus vistos, assim como professores e pesquisadores.

O foco está em identificar possíveis apoiadores de grupos terroristas ou palavras que possam ser interpretadas como opiniões anti-semitas. No entanto, não está claro o que exatamente constitui essas opiniões, o que gera dúvidas e insegurança para os estudantes.

Outra questão importante é que ter contas em redes sociais com configurações privadas ou não ter nenhuma presença online pode ser visto como um sinal de desconfiança. Por isso, pode ser exigido que os estudantes tornem seus perfis públicos para análise.

Além disso, não informar contas atuais ou usadas nos últimos cinco anos pode atrasar ou até cancelar o visto. Os oficiais também procuram indícios de apoio a grupos que estejam contra os valores americanos, aumentando a pressão sobre os estudantes para que sejam transparentes.

Essa medida começou como um projeto-piloto em Harvard e deve ser expandida para outras universidades. Por enquanto, os agendamentos de vistos para essa análise permanecem congelados, o que preocupa quem planeja iniciar os estudos este ano, no ciclo de verão e outono.

Critérios e desafios da análise de redes sociais

Os critérios para a análise de redes sociais são complexos e até um pouco vagos. Um dos focos principais é identificar opiniões consideradas anti-semitas, mas não há uma definição clara do que isso inclui.

Isso gera um desafio para os estudantes, que podem ter suas postagens interpretadas de forma errada, principalmente em temas delicados como conflitos internacionais. O oficial que avalia tem muita liberdade para decidir.

Além disso, o Departamento de Estado analisa se o estudante tem presença online suficiente. Contas privadas ou perfis inexistentes podem parecer suspeitos e levar a pedidos para torná-los públicos.

Outra regra importante é que os alunos devem informar todas as contas usadas nos últimos cinco anos. O não cumprimento pode atrasar ou até cancelar o visto.

Isso mostra a pressão sobre os estudantes para que mantenham a transparência e estejam atentos às mudanças nas políticas. Essa triagem é feita para proteger a segurança nacional, mas aumenta a insegurança entre os aplicantes.